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Bíblia e Produto Mínimo Viável?

Bíblia e Produto Mínimo Viável?

O conceito de Produto Mínimo Viável existe desde os tempos bíblicos
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Informação Importante: este não é um post religioso!

Você sabia que o conceito de Produto Mínimo Viável (MPV em inglês) já era tratado nos textos bíblicos? Mais precisamente nos tempos do Êxodo do povo israelita ao sair do Egito, há aproximadamente 3.500 anos atrás.

Quando comecei minha carreira e tive a oportunidade de desenvolver produtos e serviços, em função das minhas características de perfeccionismo eu sempre me esforcei para que o produto ou serviço fosse desenvolvido o máximo possível antes do seu lançamento.

Na minha mente, os consumidores mereciam o melhor, portanto, o que quer que eu fosse lançar, deveria representar o que tivesse de melhor para atender aos clientes.

Até então, eu não conseguia entender que todo aquele preciosismo acarretava uma demora muito grande de desenvolvimento e muitas versões até que o produto fosse efetivamente lançado ao mercado. E qual não era a minha surpresa quando depois de lançamento, os clientes começam a falar a respeito e então, voltávamos para a prancheta e discutíamos a versão 2, 3, 4…

Foi então que tive contato com o conceito de Produto Mínimo Viável. No começo achava errado, lançar um produto “incompleto”, captar os feedbacks dos clientes e começar a melhorar o produto a cada nova versão. Mas aí entendi que isso permitia maior agilidade (time-to-market) e maior proximidade entre o que estávamos oferecendo e o que de fato os clientes queriam.

As versões que se seguiam após o primeiro PMV poderiam até ser a mesma em quantidade (ou mais) que as versões pré-lançamento, mas a diferença brutal era o grau de alterações necessárias em um PMV contra um produto supostamente perfeito. Enquanto no PMV vamos ajustando os produtos ou serviços conforme o cliente vai retornando suas críticas e opiniões, no outro modelo lançamos um produto que acreditamos ser o certo e podemos quebrar a cara ao descobrir no mercado que “não eram bem isso que o cliente queria”

Mas o que a Bíblia tem a ver com isso?

Quando se lê a Bíblia como um documento histórico, é possível extrair muita informação importante e atualizada (acreditem!).

Na época do Êxodo, o povo israelita foi liberto de mais de 400 anos de escravidão do Egito. O “povo de Deus” viveu quatro séculos segundo os costumes e cultura do povo egípcio, mas no momento que se viu liberto, não soube o que fazer muito bem com sua liberdade.

Para dar um direcionamento aos quase 3 milhões de hebreus caminhando no deserto em direção à Terra Prometida, Moisés trouxe ao povo os 10 Mandamentos, ditados diretamente por Deus, além de muitas outras regras, de todos os tipos e aplicações.

Onde fala sobre Produto Mínimo Viável?

No que deveria ser uma travessia no deserto de poucos dias se transformou em uma caminhada de 40 anos. E ao longo destes 40 anos, inúmeras situações surgiram para testar as Leis de Deus.

Ao longo dos textos bíblicos (Exodo, Levítico, Números, Deuteronômio) é possível ver o povo trazendo até Moisés situações não contempladas nas Leis de Deus. O que acontecia então? Moisés orava a Deus buscando orientação e Deus respondia dizendo como agir naquela situação específica e repetir a solução em situações futuras iguais àquela.

Surgiam assim, os primeiros aperfeiçoamentos e complementos da Lei de Deus, adequando o “produto original” à uma situação que não havia sido contemplada.

Um exemplo é a questão da herança. Segundo os costumes da época, os bens eram repartidos entre os filhos homens, respeitando a idade de nascimento. As mulheres não tinham direito à herança do pai, uma vez que se casariam com um homem de outra família da mesma tribo, tendo direito de usufruir dos bens de seu marido.

Mas no livro de Números (capítulo 27) conta a história das filhas de Zelofeade. Este israelita teve 5 filhas mulheres…nenhum filho homem. Segundo a tradição, pela inexistência de herdeiros homens, suas posses seriam transferidas para o parente mais próximo.

As filhas de Zelofeade não concordavam com aquela situação e submeteram o seu “feedback” a Moíses. O que ele fez? Orou a Deus, pediu orientação para aquela situação e a resposta de Deus foi: “Se um homem morrer e não deixar filho, transfiram a sua herança para sua filha (…). Esta será uma exigência legal para os israelitas (…)”.

Mais uma vez houve um aperfeiçoamento da Lei, contemplando uma situação que não havia sido prevista inicialmente, tornando o “produto cada vez mais aderente à realidade de seus usuários.

Com isso entendo que se até Deus praticava o conceito de PMV, quem sou eu para não praticá-lo?

Meus últimos produtos e serviços desenvolvidos foram feitos com base nos conceitos de PMV, pois no mundo dos negócios atual, se você demora a agir, outro se antecipa à sua solução e conquista os clientes primeiro.

É mais importante sair na frente com um produto minimamente viável do que ficar para trás com um produto maravilhoso sem clientes interessados

Este é um artigo publicado no site www.pecix.com.br

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